Leitura de amigos
CARTAS RECEBIDAS
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Brasília, 02 de agosto de 2001.
Prezada Alcione,
Recebi o seu belíssimo livro Zuarte, em edição de luxo, coisa de quem ama livros.
Fiquei surpreso com a virada havida em seus quadros, que saíram da dominância rural, passando ao âmbito urbano e internacional. Daí também a minha preferência por duas telas menores no tamanho:
1) A de n° XXII de 60x60 cm, com duas figuras do Carnaval de Veneza; tema que meu amigo D.J. Oliveira já andou trabalhando numa série que gosto muito;
2) A de n° XXX de55x50 cm, com um marionete que um misto de palhaço e cardial, de mãos grandes, como se houvesse um recôndito influxo de Goia e Picasso. Essas preferências– eu invejaria quem pudesse tê-las – não excluem outras telas, como a n° I, a n° XVIII, e nº XXIX e outras mais.
Gostei muito de ver na fotografia, no livro, como você está alegre e animada. Até hoje lamento não ter podido adquirir outros quadro seus, mas o que temos está aqui bem guardado conosco. Fui sondado para duas palestras em Goiás no segundo semestre. Seria ótimo se pudéssemos nos ver
Com o afeto
Do
Flávio R. Kothe
13 de abril de 2002.
Querida amiga,
O tempo passa e o mistério permanece. "Onde andará a chave daquele resplendor"?, pergunta a poeta, tentando decifrar o mistério da existência e perceber o que " há por trás das máscaras. Apesar de tudo, a espera interminável.
Obrigada por seu belo livro.
Bella Jozef
Agradeço-lhe, Alcione, o seu lindíssimo Zuarte. É um livro realmente delicioso, onde noto na delicadeza de seus poemas, os pastéis e os chiaroscuri de sua formas de dizer. E, naturalmente, fiquei impressionado com a qualidade de sua pintura tão intensa e arrojada.
Gostaria, se possível fosse, de conhecer melhor o seu trabalho de pintora, se dispusesse, gentilmente, em enviar-me algum catálogo de modo a poder observar seu itinerário luminoso.
Deixo-lhe o meu abraço cordial, seu,
Marco Lucchesi
Querida Alcione,
Quero agradecer-lhe inicialmente a sua carta tão amiga e generosa, diante de cuja altitude me senti muito feliz. Mantenha-me sempre informado de sua atividade artística, pois fiquei também muito impressionado com a grande qualidade de seu projeto, onde se percebe uma sutil compreensão da história e da geografia, do tempo e do pantempo de gratas altitudes e belas profundezas. O seu trabalho me parece seguir num crescendo que merece, sem sombra de dúvida, o aplauso mais entusiasta.
Receba o meu abraço e me cumprimente todos os seus verdes,
Marco Lucchesi
Rio, 7 de agosto de 2001.
A minha admirada fraterna
Alcione Guimarães, estou aplaudindo, muito penhorado, seu grande e belo livro Zuarte, que teve a bondade de me enviar e que sí assim li para o regozijo dos aplausos que lhe mando.
Seu admirador,
Josué Montello
Rio de Janeiro, 11 de julho de 2001
Prezada Alcione,
Íntima de grande Pintura e de Poesia, o abraço agradecido pelo Zuarte, livro admirável de maior interesse e encantamento. Envio-lhe uma modesta lembrança — O Galo Músico — com os melhores votos de merecido sucesso.
Fernando Sabino
São Paulo, 20 de setembro de 2011.
Cara Alcione Guimarães,
Recebi e agradeço o excelente Trama da Luz. Sua poesia é sempre surpreendente. O visual e palpável transformam-se imediatamente em poesia impactante, translúcida, inesperada... as metáforas saem do como dizer, aparentemente prosaico, e fluem do corpo total do poema. Suas criações são originalíssimas e... geniais. E você é ainda essencial. Há uma espécie de contra espelho em cada verso, em cada estrofe, no todo criado... Nem vou lhe dar os parabéns. Para quê? Você é — há muito tempo — primeiro time.
[...]
Grato pelo presente. Ah, você tem o endereço do Fernando Py?
Vai um exemplar do meu último livro de conto O Copo Azul. Estarei lançando um nos próximos meses. Mandei um exemplar para você.
Grato mais uma vez, um abraço de parabéns e um geral para turma toda de Goiânia.
Do
Caio Porfirio Carneiro
Rio, 16 de janeiro de 2007
Prezada Alcione,
Já estou lendo, com muito gosto — e subscrevendo o juízo de Valentim Facioli — seu belo Fuso de Prata. Obrigado pelo livro. Um abraço do
Antônio Carlos Secchin
Goiânia, 7 de novembro de 2006.
Alcione,
Mando flores para uma flor.
Que Deus continue assim seu amigo, iluminando seu caminho. Sua inteligência, amiga, é sua melhor companheira depois... do Geraldo.
Abraços,
Nice Monteiro Daher
Brasília, 17 de julho de 2001.
Prezada Alcione Guimarães,
Que livro bonito! Zuarte me surpreendeu, e me agradou muito. Obrigado pelo belo presente.
Anderson Braga Horta
São Paulo, 22 de março de 2001.
Alcione Guimarães, saudações.
Estou atrazado no agradecimento de seu livro Zuarte que dá a medida de seu estro e da sua sensibilidade, de seu lirismo e da escolha de seus temas. Um belo e louvável livro enriquece a bibliografia poética do Brasil.
Abraço do
João de Scantimburgo
Piraquara, 16 de novembro de 2001.
Que bom receber notícias suas. Aliás, quase ao mesmo tempo, a sua carta e o jornal O Capital com elogios ao seu belo Zuarte.
Fico feliz em saber que você está se encontrando com a literatura! Quem ganha com isso é ela: a literatura, tal a qualidade de seu trabalho.
Zuarte — mais do que um livro, é uma obra de arte verdadeira, que cria vida, mergulha na gente, até as entranhas e simplesmente, comove e emociona.
Realmente, "exixtem muitos amigos sobre os seus ombros" iluminando sua privilegiada inspiração. Nem sei o que dizer. Só agradecer esse presente divino.
Abraços para você e para o Geraldo.
Adélia Maria
Goiânia, 11 de abril de 2011.
Alcione,
Acabo de ler Trama da Luz e me encantei com a profundidade e delicadeza dos poemas. É a força e a sutileza, o engenho. Você é de fato uma grande poeta e escritora. Beijos
Maria Helena Chein
Enviado por e-mail
São Paulo, 28 de junho de 2001.
Cara Alcione Guimarães,
Que beleza de presente você me deu! Zuarte, pelos poemas, pela montagem e beleza gráfica, pela beleza de arte poética e plástica, é obra para se lida e admirada. E sentida.
Tudo aqui é rico, novo e diferente. Como você pode casar tão bem a precisão e riqueza poética à riqueza lúcida das telas?...
Não creio – e não me pergunto por que as telas se subordinam aos poemas. Completam-se. Se os poemas "dizem" as telas, as telas "informam" os poemas. Há aqui uma magia sincrônica, uma interação da arte escrita com a visual. O equilíbrio e balanceios são límpidos e sensíveis que me ressaltam aos olhos.
Há qualquer coisa de desmaio nestes poemas. Um desmaio que não se anula em si mesmo. Ante, diviniza toda cosmovisão plástica
Eis porque é uma obra para ser lida, vista e interpretada muitas vezes, que os achados subjacentes, nas duas partes que se integram são continuados...
Se encontrar por aí a Yêda Schmaltz dê um abraço nela em meu nome. E outro para você, que poucas vezes tenho visto um livro tão belo assim.
Do
Caio Porfírio Carneiro
Minha Cara Alcione,
Sinceros cumprimentos pelo Prêmio Viagem à Nova Yorque — I Bienal de Arte Incomum — Prefeitura Municipal de Goiânia — 1993.
Ser escolhida por um júri tão seleto, sem dúvida a expressão maior da crítica nacional á o reconhecimento máximo de seu trabalho artístico.
Concorrer com o arrojo das novas gerações que, corajosamente querem quebrar os velhos valores da estética e da formalidade, que lidam com os materiais novos sem medo e nem preocupações, isentos dos preconceitos acadêmicos e das responsabilidades dos nomes que usam: concorrer com quem naturalmente empunha a bandeira da vanguarda e passar-lhes á frente é, de fato, notável. E é assim mesmo: não se corre atrás da vanguarda. Ela vem na maioridade do espírito, na síntese de uma vida inteira de pesquisas e conhecimentos. Brota, espontânea, como as plantas raras vicejam, depois de milênios de evolução, no espelho de regatos escondidos e longínquos. Foi, portanto, minha Cara Alcione um desafio, que corajosamente você venceu.
É possível (não querendo mistificar o momento) que, quando lhe escolheram o nome Alcione a predição estava feita: "ave marítima que alça vôos bem altos e emite pios lamentosos". Aqui há duas coisas a ponderar: seu temperamento sereno que, no trabalho diário e incansável vai ganhando as alturas e a liberdade e o que de certa tristeza e conformação (há muito disso no boi) que emana das cores de sua paleta, da expressão do gado, do semblante das pessoas... expressões tão bem captadas da vida simples dos campos deste centro – oeste . Essa tristeza que quem vem de fora não sabe captar; fica falso e alegórico.
Fiquei tão feliz com o seu sucesso, que arrisco um poema:
ALCIONE
De onde vem
sereno
esse rebanho ?
Do sorriso de
estações amenas,
ou da insegurança
das chuvas tardias,
da moagem
das tortas
do sal, da espera
do revirar o céu
com os olhos.
De onde vem
esse rebanho
de tonalidades planaltinas
tão bem composto
como música
e, compassivo,
no tropel, sem pressa,
para onde?
De onde vem
esse rebanho
que atravessa
de esguelha
a tela impecável
quase tocando as molduras
e se espreme
e se movimenta
como serpente
em busca do quê?
De onde vem
esse rebanho
pisando macio
essa tela
que é terra
e já mostrou o arado
a luta, o calo,
e suor, plantios...
(tempos duros de estios)
E alegres de colheitas. De onde?
Com um grande abraço, o apreço do Reinaldo Barbalho.
Goiânia, 13 de novembro de 2002.
Estimada poeta Alcione Guimarães,
Parabenizo-a por ZUARTE, belo livro – de tintas e de palavras – com poesia enxuta, clássica, em seu lirismo comedido, encantando-me pelos sonoros poemas e pelos intensos e ricos quadro-poemas, que, maravilhosamente, traduzem seu universo mágico e sua vida.
ZUARTE, um livro perfeito.
Com cordialíssimo abraço,
Alice Spíndola
Goiânia: 12 de dezembro de 2003.
Alcione,
Passou-me agora pela cabeça: Senti que só poderia ser assim, com um sangue azul a escorrer de meus dedos caneta, para dizer-lhe que, li/vi, li/revi, li/revi/rei seu livro-telas, e , senti-me como as águas do a/mar, arrebentando nos rochedos da vida, criando formas/fôrmas, neste meu estado de maremoto que se encontra minh'alma de artista...
Pude então beber de suas fontes, (as minhas, quase esquecidas numa das prateleiras do coração...) a doçura de mel do passado ainda tão recente e a embriaguez atual do absinto.
É-me profundamente difícil falar de seu Zuarte, pois nele, só consegui sentir!
Encontrei através de seu "primogênito livro-telas" as cores das palavras que inundaram caudalosamente veias e vácuos de meu ser.
Como expressar em palavras algo que a todo momento fazia-me parar, voltar atrás, contemplar, comparar, indo e vindo, com o pensamento dizendo: e é isto mesmo! É assim que sinto! Também vivi este voos um dia!!!
De qualquer maneira, não tenho a pretenção de fazer uma crítica à altura de sua arte, até porque não sou crítica em e de nada!
Posso apenas sentir a profundeza abissal de alguém de adquiriu a outra asa, e com certeza não será só para "servir de equilíbrio", mas sei que de agora em diante, entra em cena mais um "ser alado", voando sonhos, caminhando pensamentos, pintando palavras, escrevendo cores, na esperança de alcançar o segredo dos anjos...; pois a arte nos torna assim mesmo, seres alados, voando eternamente em busca do perfeito, do etéreo, do surreal, para enfeitar essa "tal" realidade da vida.
Bela sua obra e bela sua alma amiga, que permitiu-me participar deste voo através de seu poético/plástico/Zuarte!!!!
Dalva Machado
Rio de Janeiro, 21 de agosto de 2001.
Que beleza, que beleza esse teu Zuarte poesia-pintura, querida Alcione Guimarães! Não me canso de relê-lo, contemplá-lo!
Creia: Zuarte foi um prêmio para mim!
Grande, afetuoso abraço, extensivo a teu marido.
Stella (Leonardos) e... gratíssima!